sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O que é mais importante em sua vida:

A quantidade ou a qualidade das coisas?

O amanhã ou o hoje?

Você preocupa-se com o valor do seu salário ou com o clima do seu emprego, com sentir-se bem trabalhando nele?

Quando você liga para um delivery você escolhe o mais barato, para poder pedir uma maior quantidade, ou opta por aquele que serve uma comida de melhor sabor?

Quando sai para a balada, você disputa com os amigos para ver quem consegue beijar mais bocas ou simplesmente tenta se divertir?

Você fica preocupado com o quanto e onde vai gastar sua grana no próximo feriado, ou quer mais é fazê-lo hoje?

Quando está com alguém você fica pensando em casar, ter filhos, e se esta é a pessoa certa ou satisfaz-se em ser feliz ao lado dela no presente?

Você fica preocupado com sua aposentadoria, em como vai vivê-la e o que irá fazer quando ela chegar; ou sua preocupação é com o instante?

Há quase 2000 anos Sêneca já dizia: “A vida pode até ser breve, mas o que a prolonga é a arte do seu uso.”

E então, o que vale realmente a pena:

Qualidade ou quantidade?

Hoje ou amanhã?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A magia do Natal...

Está a chegar o Natal
Vejo as luzes a enfeitar tudo por onde passo
As ruas, as montras, os sonhos…
Faz-nos voar num mundo de ilusão
Permitindo acalmar o sofrimento de uma vida infernal.
Sente-se a magia pelo ar
A enfeitiçar de alegria o rosto de uma criança,
Deixando-a sonhar, imaginar, sentir
Que a fantasia veio para ficar.

As estrelas no céu brilham de forma especial
Iluminando o nosso espírito
E colorindo de uma forma diferente do habitual,
Tudo o que a nossa visão capta e o que o nosso coração sente.
Por vezes não imaginámos o quanto é necessário
Apreciar e desfrutar esta quadra fenomenal
Em que nos é permitido sonhar e mostrar um sorriso…
Algo que nem sempre é habitual.

Por toda esta magia os problemas valem a pena esquecer,
Pois não há outra festa igual
Toca a sorrir e com as crianças sonhar…
Tudo é permitido….afinal é NATAL.


FELIZ NATAL

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O que é a crise...

A Trinta de Setembro de 2008 ocorreu um fato histórico na Bovespa. O circuit breaker, mecanismo automático de interrupção dos negócios em caso de forte queda, foi acionado (entenda a importância bolsa de valores). Isso tudo por temor de que a crise dos EUA não termine tão cedo. Mas afinal, por que a crise é tão séria? O que tudo isso, aliás, pode influenciar na sua vida? Para falar disso, precisaremos conhecer um pouco mais da maior potência econômica, militar e política de toda a história da humanidade: os Estados Unidos da América.
Com pouco mais de 300 milhões de habitantes, os EUA possuem um PIB de aproximadamente US$13,8 TRILHÕES. Para efeito de comparação, os países da União Européia (num total de 27 países até 2008, incluindo 4 países do G8 – grupo dos países mais ricos do mundo e mais a Rússia - que são Alemanha, Itália, França e Reino Unido) é de US$16,8 TRILHÕES. Como se vê, sozinho os EUA produzem quase o mesmo que todo o bloco europeu. Sozinho, os EUA importam US$ 2 TRILHÕES em produtos e serviços do resto do mundo. Pela bolsa de Nova York são negociados US$35 TRILHÕES em ações todo ano. Na bolsa NASDAQ, voltada para ações de empresas do ramo tecnológico, são outro US$17 TRILHÕES. Com estes números, fica evidente que quando falamos de EUA, falamos em valores realmente vultosos de dinheiro. É o centro do capitalismo.
E como começou toda esta crise? Há muitos sites dando ótimas explicações, a começar pela Folha. Faço aqui um resumo e compilação do que li em diversos sites e blogs de economistas, num passo-a-passo do que levou à crise:
1 - logo depois da crise das empresas "pontocom", em 2001, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) passou a reduzir sua taxa de juros, a fim de baratear empréstimos e financiamentos e encorajar consumidores e empresas a voltarem a gastar;
2- funcionou! Os consumidores voltaram a comprar. Com a compra aquecida de imóveis, os preços destes começaram a subir. Os imóveis viraram fonte de investimento: compra-se barato hoje para, num futuro, revender por um preço maior e lucrar com a diferença, ou simplesmente ter a garantia de um investimento valorizado;
3 – cresceu a procura por hipotecas, ou seja, os americanos pediam dinheiro emprestado aos bancos dando como garantia de pagamento as suas próprias casas. Usavam este dinheiro para consumir mais e mais e, inclusive, comprar mais de uma casa;
4 –grandes empresas hipotecárias começaram a emprestar dinheiro para uma classe de mau-pagadores e mesmo de inadimplentes, a chamada “subprime”. Neste caso, claro, os juros pelo risco é maior, o que garante maiores lucros para a empresa que empresta o dinheiro. E estamos falando aqui em muito dinheiro em hipoteca. Para se ter idéia, Fannie Mae e Freddie Mac (duas grandes hipotecárias) detinham quase metade dos US$12 TRILHÕES em hipotecas dos EUA;
5 - a partir de 2001, as financiadoras deste segmento começaram a 'empacotar' este crédito e venderam estas carteiras para bancos de investimento. Desta forma, elas recebiam antecipadamente o valor das operações. E os investidores recebiam o valor emprestado e mais o juro que, no segmento subprime, é bem maior. Este retorno mais elevado atraiu gestores de fundos e bancos em busca de retornos maiores. Para se ter uma idéia, hoje, 4 em cada 5 hipotecas estão vendidas e só uma está com o credor original;
6 – mas o Fed precisou aumentar os juros e o consumo diminuiu e começaram a comprar menos imóveis, o que fez o preço dos mesmos começar a cair. Logo, aqueles títulos hipotecários começaram a perder valor. Surgiu, ainda, a inadimplência devido a um crescimento menor da economia, maior desemprego e custo de vida. As pessoas começaram a deixar de pagar as hipotecas;
7 – os bancos emprestam entre si dinheiro. Mas com o cenário de possível inadimplência nas hipotecas subprime, os bancos não queriam mais emprestar dinheiro entre si, pois um não sabia se o outro estava lastreado sobre o pagamento daquelas hipotecas que não seriam pagas, ou seja, podres. Com isso, o valor dos títulos lastreados em hipotecas despencou e o juro no empréstimo interbancário aumentou. É a chamada “crise de confiança”, ou seja, com medo de que o banco tomador do empréstimo não possa pagar, os bancos param de emprestar dinheiro entre si;
8– acontece que as pessoas e empresas precisam retirar dinheiro do banco. Querem fazer um saque para consumir, investir, ou pagar impostos, por exemplo. E os próprios bancos precisam financiar ou rolar dívidas deles próprios, contraídas em operações cotidianas. Então os bancos, muitas vezes, sem ter dinheiro próprio suficiente, precisam de crédito para cobrir temporariamente esta despesa. Com este crédito restrito devido aos altos juros, os bancos não conseguem garantir que haverá dinheiro para as pessoas retirarem e nem para pagar suas dívidas. E aí, diz-se que o banco está com problema de insolvência;
9 – aqui é quando entram os Bancos Centrais, injetando dinheiro a juros baixos para garantir dinheiro no caixa dos bancos. Se isso não resolver, a solução é abrir falência (e sim, se você tivesse dinheiro lá ele simplesmente sumiria) ou tentar que alguém compre o banco e garanta dinheiro no caixa. Diversos bancos tradicionais acabam sendo incorporados por outros ainda maiores, numa tentativa de evitar uma quebradeira e, pior, uma crise de confiança, aonde todos iriam aos seus bancos retirar seus dinheiros e aí todos os bancos quebrariam de uma só vez. Outro problema: se você perde seu dinheiro, você não compra. Então, há menos consumo, menos emprego e, assim, ainda menos dinheiro circulando. Agora, lembre-se que não são apenas pessoas que têm dinheiro em bancos: empresas também guardam seu dinheiro lá para pagamento de dívidas e investimentos. Dá para vislumbrar o estrago que seria se esse dinheiro sumisse;
10 – mas além dos bancos, as hipotecas que deixam de ser pagas espalham o prejuízo e desconfiança por toda a cadeia daqueles que compraram títulos lastreados em hipotecas. No início deste ano, investidores estrangeiros detinham nada menos que US$ 1,5 trilhão em títulos da Fannie Mae e Freddie Mac. Ou seja, os estrangeiros podem não receber o dinheiro e não conseguiriam honrar suas dívidas e pagamentos. Então, imagine que lá na China comece a ocorrer o mesmo. Os bancos de lá não sabem quem está lastreado sobre títulos hipotecários “podres” dos EUA, e decidem emprestar dinheiro a juros ainda mais altos, dificultando o crédito. Os bancos que não conseguem crédito o suficiente, acabariam falindo, o dinheiro sumiria do mercado, as pessoas consumiriam menos, produziriam menos, teria mais desemprego, etc.
11 - neste cenário onde as pessoas consomem menos sobra mais comida, petróleo, ferro. Se há mais oferta que demanda, o preço destas “commodities” cai. Se o preço delas cai, os produtores que possuem contratos que serão pagos no futuro, ficam no prejuízo. Afinal, você produz sua commodity com os custos de hoje, mas no futuro ela fica muito mais barata e o pagamento que você recebe não paga nem o custo de produção. No vermelho, você precisa de mais dinheiro emprestado dos bancos, mas os bancos não estão mais emprestando tão facilmente e o produtor também pode vir a quebrar. E mesmo quando você consegue produzir, muitas vezes precisa de crédito para custear o envio da produção para outro país, por exemplo. E este empréstimo também ficaria dificultado em caso de retração da oferta de crédito. Com isso você não consegue vender por um preço bom, não cobre suas dívidas e demite funcionários. Menos dinheiro circulando, mais desemprego, menos consumo. E assim temos um ciclo infinito de mais desemprego e menos consumo - é a chamada recessão.
É importante frisar aqui que o crédito é muito importante no mundo capitalista. A escassez do mesmo faz as engrenagens emperrarem. Como a desconfiança é generalizada pelo mundo, todo o sistema capitalista pode sofrer um solavanco e entrar em recessão junto com o coração dele, os EUA, que foram irresponsavelmente os criadores de um buraco sem fim de empréstimos que poderá tragar o resto do mundo. Como se vê, o modelo neoliberal permitiu que os mercados ultrapassassem o limite da irresponsabilidade. E agora, para arrumar o prejuízo, será necessário dinheiro de quem não tem nada a ver com a história: dos contribuintes pagadores de impostos.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Casino em 2009?


Recentes noticias que vieram a público dão conta de que o Hotel Casino estará concluído em Maio de 2009. Contudo sabe-se que a obra está mais do que atrasada, até mesmo parada, em que os empreiteiros nada mais fazem do que deambular o dia todo por aquela estrutura à procura de algo para fazer. Há falta de material e a rede colocada no seu exterior serve apenas como forma de disfarçar tudo o que se passa no seu interior.
Será que iremos ver um edifício daquela envergadura parado durante os próximos anos? A crise já chegou à construção ou serve apenas de pretexto para alguns enriquecerem à custa de outros..

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vem ai o Natal!

Natal, todos apregoam ao vento...vem ai o natal! Mas souberam o que quer dizer o natal verdadeiramente. Esta época, não passa mais de uma época para consumo. O consumo exacerbado, que as economias de escala deixam nas nossas sociedades. Aquele natal, onde todos se juntavam a mesa para saborear os doces, para juntar a família, o calor da lareira a ouvir os mais velhos a contar histórias mirabolantes.
Já lá vai esse natal, agora é a época onde a criança escolhe o presente que quer, reclama por não ter o tal presente. Os pais como não tem tempo para elas, compram o seu afecta a sua atenção dando-lhes tudo o que elas querem, esquecendo o mais importante o carinho, o gesto, uns minutos de atenção... Para onde caminharemos?
Acho que caminharemos para o mundo onde o dinheiro comprará tudo, onde tudo não passará de uma grande ilusão. Onde deixará de haver sentimentos, nem carinhos, nem manifestações nem gestos... onde a solidão reinará, a tristeza, a revolta, no fim de contas será uma luta pela sobrevivência, onde só o mais forte viverá...o resto morrerá...
Deixo uma pergunta será que vale a pena viver neste mundo? que se transforma a cada dia para pior.