terça-feira, 12 de agosto de 2008

Amor Impossivel












"Sussurros imaginários
Que passeiam e deambulam
Pelos cantos vazios e escuros
Do meu quarto…
É o eco da tua voz
Que me mantém este sorriso louco
E feliz na face…
Vã e insólita
É a esperança de te ter finalmente
Em meus braços…
Até quando vai a ilusão
Deste amor impossível
Assombrar as minhas noites
E fazer-me evocar o teu nome
Com ansiedade?
Oh mente doentia, a minha!
Por mais que saiba
Que nunca te vou ter,
És tu, meu doce Anjo,
Quem, eternamente, eu vou querer…"

sexta-feira, 8 de agosto de 2008


Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Não te ensinou o berço o anoitecer


Por vezes não é mais do que uma sombra
No soalho à frente do teu passo
Por vezes dizes – vai-te
E arredas a cortina

Por vezes tem contornos de animal
Cansado e ferido
Não sabes se avançar ou recuar
Não sabes se gritar ou emudecer

Não te ensinou o berço o anoitecer

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Teus Olhos


Espelhos de minha alma
Olhar terno e profundo
Dentre as belezas do mundo
Teu olhar me acalma....
Estrela que brilha enfim
Olhar meigo e sincero
Meu amor tudo o que quero
São teus olhos para mim...
Castanhos por natureza
Amendoados brilhantes
Parecem dois diamantes
Fascínio, rara beleza...
Orquídeas do meu jardim
Néctar da mais bela flor
Poema são os teus olhos
Espelhos do meu amor...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Adivinha esta!


1 - Qual é coisa, qual é ela,
que é redonda como o Sol,
tem mais raios do que uma trovoada
e anda sempre aos pares?


2 - Qual é coisa, qual é ela,
que respira sem pulmões
e tem pés mas não anda?


3 - Numa casa de 12 meninas,
cada uma tem quatro quartos,
todas elas usam meias,
nenhuma usa sapatos.
O que é?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Pés na Areia


Piso a areia da praia!

Que peso pesam os pés!

Parecem mesmo uma raia

Presa nas marés.

Transporto a toalha

Levo comigo o jornal

Lembro-me de jogar a malha

Levo a dor no bornal

Piso a areia da praia!

Vou pela borda da água.

Onda amena que se espraia

Leva contigo a minha mágoa...

Queria de novo ter saúde

Seria novamente tão feliz

Tremer não é virtude

Tremer eu nunca quis


Deito-me!

Penso!

Mesmo deitado no chão

- Mulher! Porque me aturas?!

Não te queria dar razão

Mas és tu que me seguras!


Como esta areia brilhante

A que a praia chamou de sua

Areia que da praia és amante

Oh mar salgado a praia é tua!


Um perfume paira no ar…

A vida a Deus pertence

O sol quente esconde a lua…

A maresia não veio para ficar...

A Parkinson não me vence

Vou continuar a lutar!


Piso a areia da praia

A maresia sofre um revés

A areia parece cambraia

Sacudo a raia dos pés…